15 Setembro 2023
Embora seja a quinta língua mais usada na internet, o português não recebe as mesmas condições das plataformas digitais oferecidas para os falantes de inglês. Faltam ferramentas em português para combater discursos de ódio e oferecer uso de soluções em inteligência artificial.
A reportagem é de Edelberto Behs.
São temas que estarão na pauta do I Fórum Lusófono de Governança na Internet, que estará reunido dias 18 e 19 de setembro no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.
Em entrevista para a ONUNews, o diretor de Tecnologia da Informação do Ministério do Trabalho do Brasil, Heber Maia, apontou que “as plataformas digitais, as big-techs, desenvolveram soluções que conseguem identificar, por exemplo, os discursos de ódio, a misoginia, o racismo, e conseguem combater de forma mais efetiva em língua inglesa. Qual é o tratamento que elas estão dando para os falantes de língua portuguesa?” indagou.
A língua, frisou, é fator decisivo para aproveitar oportunidades oferecidas por novas tecnologias, como a inteligência artificial.
"Hoje nós estamos perdendo profissionais, especialistas extremamente competentes, que trabalham com inteligência artificial, mas quando vão desenvolver suas pesquisas, eles precisam trabalhar com conjuntos de dados em língua inglesa. Não temos, por exemplo, conjuntos de dados suficientes para desenvolvimento de determinadas pesquisas de inteligência artificial porque nós não nos articulamos para isso. Estamos cientes e convencidos de que precisamos unificar os países lusófonos para que essas pesquisas em inteligência artificial sejam realizadas na nossa língua".
Plataformas digitais devem a criação de proteção aos falantes da língua portuguesa.
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Lusófonos querem mais atenção das plataformas digitais - Instituto Humanitas Unisinos - IHU